O capítulo 17 de Isaías contém uma profecia contra Damasco e Efraim, capitais respectivamente da Síria e do reino de Israel (reino do norte), os quais estavam oprimindo Judá (o reino do sul). A profecia anuncia punições sobre esses povos por estarem fazendo o povo de Deus sofrer. Ao mesmo tempo essas profecias de destruição anunciam que será deixado um remanescente a Israel , o qual se voltará ao Senhor.

O que me chamou a atenção nesse texto, no entanto, foram os nomes que Deus usa para si mesmo. Ele é o SENHOR dos Exércitos (Is 17.3), o SENHOR, Deus de Israel (Is 17.6), o Criador (Is 17.7), o Santo de Israel (Is 17.7), o Deus da tua salvação (Is 17.10), a Rocha da tua fortaleza (Is 17.10) e, simplesmente, Deus (Is 17.13). Cada um desses nomes carrega consigo um significado especial e uma lição para aqueles que amam o Senhor. Vejamos:

O SENHOR dos Exércitos é o nome preferido de Deus para situações de embate entre ele e outras nações, especialmente aquelas que afligem e oprimem o seu povo. Ele é Yahweh dos Exércitos, o Deus da aliança que ao mesmo tempo é o comandante supremo dos exércitos celestiais e o Deus que destrói e usa como quer os exércitos mais poderosos da terra. Ao se revelar como Yahweh, o Deus de Israel, ele lembra o seu povo daquela e de todas as épocas que ele manterá a aliança que fez com Jacó (Israel) e com seus pais Abraão e Isaque. Ele continuará salvando aqueles que creem nele e abençoará todas as famílias da terra por meio de um descente de Abraão. Ele não se esquece de nenhuma de suas promessas, mas será sempre fiel.

Ele também é o Criador dos homens, o que torna um pecado ainda mais grave quando estes se esquecem dele. Ao mesmo tempo, sendo Criador ele tem a tendência de cuidar e restaurar aquilo que ele mesmo trouxe a existência. Por Santo de Israel, somos lembrados da pureza extrema e da transcendência de Deus, mas ao mesmo tempo de que esse Deus transcendente se dignou a se relacionar de maneira especial com um povo escolhido.

Ele se revela também como o Deus da tua salvação e a Rocha da tua fortaleza. Ambos nomes nos lembram de que quando passamos por momentos difíceis e inimigos querem nos engolir, ele é o Deus que nos salva e ele mesmo será para nós a Rocha sobre a qual podemos construir o nosso castelo forte e seguro. A nossa segurança vem do Senhor! Finalmente, ele se revela simplesmente como Deus; o único que existe, aquele que governa sobre tudo e todos. Esse Deus fala (17.3, 6) e repreende (17.13), pois ele não admite que as pessoas se esqueçam dele (17.10). Ele fará o que for necessário para que aqueles que ele ama voltem a olhar e atentar para ele (17.7).

Não existe ninguém como Yahweh, e ainda assim ele quer ter um relacionamento especial conosco, quer ser o nosso Deus. Ele dirige as nações e governa o mundo. Ele destrói e restaura. Ele anuncia sentenças (17.1), dias de destruição (17.4, 7 e 9) e “ais” (17.12). Ele faz tudo isso para conquistar e preservar um povo para si, a fim de que a glória dele seja publicada.

Ele enviou o Emanuel, filho da virgem (Is 7.14); o maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade e príncipe da Paz (Is 9.6-7); o servo cheio do Espírito, mediador da aliança e luz para os gentios (Is 42, 49); o Servo Sofredor que veio para dar a sua vida como um pagamento pela vida de outros (Is 53). Ele enviou o Senhor Jesus Cristo para que todo aquele que crer e amar Jesus usufrua da segurança de ser amado, amigo e filho do SENHOR dos Exércitos, do SENHOR, do Deus de Israel, do Criador, do Santo de Israel, do Deus da tua salvação, da Rocha da tua fortaleza; amigo de Deus. Aleluia!