No novo ano, eu cuidarei da minha língua!
A Bíblia está repleta de versículos que nos mandam tomar cuidado com a língua. Há versículos que advertem o cuidado baseado no mal que a sua fala pode causar a outros (Tiago 3.1-12). Há textos que colocam na análise da língua um teste definitivo para saber se alguém é de fato cristão: “Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a língua, antes, enganando o próprio coração, a sua religião é vã.” (Tiago 1.26). Há versículos que prometem bênçãos futuras para aqueles que falarem coisas boas: “Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes refreie a língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente” (1 Pedro 3.10). E também existem aqueles que nos recomendam o que devemos falar: “A boca do justo profere a sabedoria, e a sua língua fala o que é justo.” (Salmo 37.30; veja também Efésios 4.25, 29-32).
Na língua portuguesa temos alguns provérbios sobre o falar demais e mal: “Em boca fechada não entra mosquito”. “Quem fala demais dá bom dia a cavalo”. “O falar é prata, o silêncio é ouro”. Quem muito fala, pouco acerta”. “Mais vale cair em graça do que ser engraçado”. Esses provérbios apontam para o fato de que em nossa cultura temos a tendência de falar demais! Fazer fofoca é normal e no meio cristão, por vezes, até se usa da oração e do testemunho para poder falar da vida alheia. Também é comum encontrar pessoas que tem o hábito de fazer gracejos na área sexual, contar piadas indecentes e falar coisas impróprias.
Deus deixa muito claro que o cristão não pode ter essas atitudes: “Vocês fazem parte do povo de Deus; portanto, qualquer tipo de imoralidade sexual, indecência ou cobiça não pode ser nem mesmo assunto de conversa entre vocês. Não usem palavras indecentes, nem digam coisas tolas ou sujas, pois isso não convém a vocês. Pelo contrário, digam palavras de gratidão a Deus.” (Efésios 5.3-4, NTLH).
Um texto que fala sobre isso me chamou a atenção de forma especial nesses dias: “Evita, igualmente, os falatórios inúteis e profanos, pois os que deles usam passarão a impiedade ainda maior“. (2 Timóteo 2.16). Note que o argumento desse texto não é que você deve cuidar do que fala por causa dos outros, nem mesmo, em primeira instância, por causa de Deus! Esse texto diz que você e eu devemos cuidar do que falamos por causa de nós mesmos! Falar coisas impróprias abre as portas para a prática de sujeiras maiores! Ao falar imoralidades sexuais, você se coloca em risco de cometê-las. Ao fazer fofocas, você se coloca em risco de começar a desprezar as pessoas, invejá-las e prejudicá-las. Ao falar mal da igreja, você se coloca em posição de não querer mais estar ligado ao corpo de Cristo. Se você fala palavrões, terá a tendência de se deixar dominar pela raiva, amargor e maldade. Ao mesmo tempo em que a boca fala do que está cheio o coração, o que é falado retroalimenta o coração.
Assim, decida que a partir deste ano, em vez de deixar a maldade do coração sair livremente pela tua boca (Mateus 12.34), você vai cuidar do que fala. Cuide da língua e consequentemente comece a limpar o coração! Ore junto com Davi: “Põe guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios. Não permitas que meu coração se incline para o mal” (Salmo 141.3-4). Seja radical no cuidado com sua língua, pois como diz a Bíblia, “A língua é fogo; é mundo de iniquidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno…” (Tiago 3.6). Certamente esse não é o teu plano de vida! Então oremos ao Pai e peçamos a graça dele para nos ajudar a dominar a nossa língua a partir de hoje.