As Tribos Transjordânicas: Rubens, Gade e a Meia Tribo de Manassés (1 Crônicas 5.18–26)
É estranho ler em Números 32, que duas tribos e meias não quiseram entrar na Terra Prometida! Os rubenitas, os gaditas e metade da tribo de Manassés preferiram morar do lado de lá do Rio Jordão, em vez de habitarem na Terra da Promessa. A razão apresentada por eles é que a região era muito propícia para gado. A priori, Moisés ficou bravo com eles, mas depois que prometeram ser o batalhão de frente na conquista da Terra Prometida, Moisés aceitou a proposta dessas tribos.
Em Josué 22, lemos que as duas tribos e meia cumpriram a sua palavra e, quando as demais tribos de Israel já estavam assentadas em suas possessões, Josué permitiu que as tribos transjordânicas tomassem posse de sua terra além do Jordão. Eles construíram um altar e quase morreram por isso, mas a questão ficou explicada e não houve derramamento de sangue.
Fazendo minha devocional hoje, saltou-me aos olhos o que 1 Crônicas fala sobre essas tribos (dei títulos às partes do texto para facilitar a leitura):
A Capacidade Bélica das Tribos Transjordânicas
18 Dos filhos de Rúben, dos gaditas e da meia tribo de Manassés, homens valentes, que traziam escudo e espada, entesavam o arco e eram destros na guerra, houve quarenta e quatro mil setecentos e sessenta, capazes de sair a combate.
A Piedade das Tribos Transjordânicas e o Cuidado de Deus com Elas
19 Fizeram guerra aos hagarenos, como a Jetur, a Nafis e a Nodabe. 20 Foram ajudados contra eles, e os hagarenos e todos quantos estavam com eles foram entregues nas suas mãos; porque, na peleja, clamaram a Deus, que lhes deu ouvidos, porquanto confiaram nele. 21 Levaram o gado deles: cinquenta mil camelos, duzentas e cinquenta mil ovelhas, dois mil jumentos; e cem mil pessoas. 22 Porque muitos caíram feridos à espada, pois de Deus era a peleja; e habitaram no lugar deles até ao exílio. 23 Os filhos da meia tribo de Manassés habitaram naquela terra de Basã até Baal-Hermom, e Senir, e o monte Hermom; e eram numerosos. 24 Estes foram cabeças de suas famílias, a saber: Éfer, Isi, Eliel, Azriel, Jeremias, Hodavias e Jadiel, guerreiros valentes, homens famosos, cabeças de suas famílias.
O Pecado das Tribos Transjordânicas e a Triste Consequência
25 Porém cometeram transgressões contra o Deus de seus pais e se prostituíram, seguindo os deuses dos povos da terra, os quais Deus destruíra de diante deles. 26 Pelo que o Deus de Israel suscitou o espírito de Pul, rei da Assíria, e o espírito de Tiglate-Pileser, rei da Assíria, que os levou cativos, a saber: os rubenitas, os gaditas e a meia tribo de Manassés, e os trouxe para Hala, Habor e Hara e para o rio Gozã, onde permanecem até ao dia de hoje. (1 Crônicas 5.18–26)
Se você leu o texto com cuidado, prestando atenção especialmente aos itálicos, e leu os títulos, você percebeu que as tribos transjordânicas começaram bem a sua vida na nova terra. Deus as abençoou e fez delas um povo numeroso e forte. Ao mesmo tempo, aquelas tribos mantiveram a sua fidelidade ao Senhor clamando a ele, e foram recompensadas com recorrentes vitórias em guerra. Chegou o tempo, no entanto em que eles se deixaram influenciar pelas nações ao seu redor e se corromperam com os falsos deuses de tais nações. Sem arrependimento, a consequência foi que aquelas tribos foram enviadas mais cedo para o exílio assírio.
Uma breve lição para nós é que não importam a capacidade e força próprias que temos, o que realmente define nossa vitória é a comunhão com Deus e dependência dele em forma de oração e confiança. Nosso afastamento dele e consequentes idolatrias resultarão no afastamento dele e consequentes maldições.
Este texto é muito rico para nós nos dias de hoje, pois podemos aprender que devemos ter muito cuidado ao tomar nossas decisões, pois estas duas tribos e meio decidiram não passar o Jordão, assim desobedecerão a ordem de Deus para possuírem a terra prometida e habitarem juntos na terra prometida, conforme a promessa de Deus em Êxodo 3.8. Ao decidirem não passarem o Jordão ficaram longe da comunhão do povo e assim ficaram expostos aos inimigos ao seu redor e aos perigos do pecado. Com está exposição aos perigos eles não resistiram e caíram nas mãos dos seus inimigos, foram entregue por Deus aos Assírios e foram levados ao cativeiro. Por que escolherão não passarem o Jordão? Por causa do seu gado, ou seja, olharam para seus bens e colocaram o seu coração neles, e nós por que escolhemos não ir a igreja e estar em comunhão com os irmãos? qual a motivação do nosso coração em estar longe da presença de Deus? Lembre-se “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (IPe.5.8). Este é o que escolhe não atravessar o Jordão e acaba sendo devorado pelo diabo. Pense bem e escolha sempre atravessar o Jordão e andar em comunhão com os irmãos.
Sempre me intrigou a pouca ou nenhuma escolha desse texto em estudos Bíblicos ou Pregações.Finalmente, encontro um comentário que coincide com meu ponto de vista. Penso que Rio Jordão é símbolo de renúncia. Os que atravessaram o Jordão, priorizaram as Promessas de Deus e consideraram superior a todas as coisas.Os que não atravessaram o Rio,embora confiassem em Deus, entenderam que dependiam de outras coisas; Não renunciaram aos bens terrestres.Faz-nos lembrar do Moço que, apesar de cumprir quase toda a Lei, tinha um coração soberbo…era rico e preferiu ficar com suas mordomias, á seguir o Mestre.
Tomara essa onda de crentes que são donos de pizzaria;Salão de beleza ou outros que “obrigam” a ficar fora da Congregação dos Santos, diminua…e cresça o numero de Cristãos altruístas; Militantes no Reino de Deus!!!
Muito bom, Deus continue abençoando grandemente !