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Adotados e Adotantes

         A doutrina da adoção é uma das mais lindas da enciclopédia teológica. Se adoção entre humanos já é uma atitude maravilhosa, imagine a beleza do fato de que o Deus Todo-Poderoso, por puro amor ama pessoas que não o merecem e as torna em filhos e filhas! A Bíblia afirma que Deus nos trata como a filhos (Hb 12.7)! Wayne Grudem, em sua Teologia Sistemática, define a doutrina da adoção da seguinte forma: “Adoção é um ato de Deus por meio do qual ele nos faz membros de sua família.” (1999, p. 615).

         Da forma como nasce, o homem não é filho de Deus, mas filho da desobediência e da ira (Efésios 2.2-3) e filho de Satanás (João 8.41-44). Mas Deus pode mudar essa situação. Ele nos ama e nos adota como seus filhos. A Bíblia afirma que esse milagre acontece pela fé (João 1.12; Gálatas 3.23-26), por meio do Espírito Santo (Gálatas 4.4-7; Romanos 8.14-17), por causa de uma escolha anterior de Deus e para a sua própria glória (Efésios 1.4-6) e, de forma muito especial, por causa do grande amor de Deus (1 João 3.1-2).

         Tornar-se filho de Deus resulta em grandes privilégios. Aquele que é adotado por Deus recebe o nome de Deus (Efésios 3.14-15), recebe o Espírito de Deus que o habilita a chamar Deus de papai (Romanos 8.15); recebe o direito de chamar Deus de pai em oração (Mateus 6.9); recebe correção paternal quando necessário (Hebreus 12.6-7), recebe compaixão (Salmo 103.13) e recebe herança da parte de Deus (Romanos 8.17)

É claro que a adoção também implica em deveres. Quando você se torna parte de uma nova família, deve adequar-se as regras de tal família. Assim, Deus espera que aqueles que foram adotados como filhos o obedeçam como Pai (1 Pedro 1.14-17) e o amem de todo o coração (1Pe 1.22, Rm 12.10, Hb 13.1). Como nosso Pai, Deus também quer que nós o imitemos e reproduzamos o seu caráter e atributos (Levítico 20.7; Efésios 4.32).

Assim, creio que uma das formas que melhor podemos reproduzir o caráter de Deus é adotando crianças, amando aqueles que não fizeram nada para receberem o nosso amor, tratando e recebendo como filhas, crianças que não são do nosso sangue. Deus define a verdadeira religião como: “visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo” (Tiago 1.27). Além disso, Deus demonstra preocupação epecial com os órfãos ao longo da Bíblia (Salmo 68.5; Provérbios 23.10; Isaías 1.17, entre outros).

Que tal se mais cristãos adotassem crianças? Que tal se pais que não têm conseguido ter filhos por meio natural deixassem de lado as frustrações e investissem em dar nome a crianças sem perspectiva. Que tal se víssemos na adoção uma oportunidade de amar uma criança necessitada e transformá-la em uma bênção para o reino de Deus? Que tal se demonstrássemos o amor de Deus abrindo mão de um pouco de nosso conforto em prol da alegria de ser chamado de mamãe ou papai por alguém que você escolheu amar? Que tal…

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