A Guirlanda de Natal e o Advento
Talvez você esteja chegando a mais um final de ano desanimado e triste por tudo aquilo que gostaria de ter alcançado neste ano e não alcançou. Talvez você esteja cheio de frustrações e tristeza.
Ou, quem sabe, o sentimento que lhe ronda é a ansiedade por ter que lembrar de tantas pessoas, comprar tantos presentes, enviar tantos cartões, gastar tanto dinheiro, fazer tantas contas e quem sabe começar a pagar só em março…
Mas, ainda existe a possibilidade de, neste começo de dezembro, você estar feliz por ter alcançado as suas metas, por ver se aproximar mais um período de merecido descanso. Rever os parentes e amigos, fazer amigo secreto, ganhar e dar presentes, lembranças e cartões, mesa de ceia… e o que mais?
Segundo o calendário litúrgico, seguido por alguns ramos da cristandade, os quatro domingos que antecedem o Natal foram o período chamado de Advento. A palavra advento significa vinda, chegada. A ideia central do advento é: está chegando o dia da comemoração do nascimento da criança que veio ao mundo em trevas para trazer luz.
Assim, tanto o Advento quanto o Natal eram datas comemoradas com muita alegria pela chegada da luz, alegria esta que era salpicada de tristeza por saber que aquela pequena criança que nasceu para trazer luz, veio ao mundo para morrer.
Nesse contexto é que nasce um dos mais belos símbolos do natal: a guirlanda. Sua história remonta aos sécs. XI e XII, no sul da Alemanha, região denominada Floresta Negra. Os humildes cortadores de pinheiro da região iluminavam suas casas de dois cômodos com velas de sebo de carneiro (muita fumaça e pouca luz). Mas quando chegava o quarto domingo anterior ao Natal eles compravam parafina na cidade, faziam velas de parafina (pouca fumaça e bastante luz) e colocavam sobre uma armação redonda de ramos de pinheiro. A partir do primeiro domingo do advento acendia-se uma vela e a família via mais luz do que em todo o ano! Cada domingo que chegava, mais uma vela era acendida durante a semana até que no 4º domingo, todas as quatro velas estavam acesas: chegou o Natal, nasceu Jesus, o sol nascente das alturas (Lc 1.78), a verdadeira luz que vinda ao mundo ilumina a todo homem (Jo 1.9)!
O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz… Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. (Isaías 9.2, 6)
Que esta época do ano, seja um tempo de revivermos a história de Jesus, aguardando ansiosamente o tempo em que se comemora o seu nascimento, sentindo pesar pelos nossos pecados que o levaram até a cruz, sendo refletores da luz de Jesus, anunciando o seu Reino e aguardando ansiosamente, pois ele prometeu que voltará e novamente nos iluminará: “Então, já não haverá noited, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos” (Ap 22.5). Maranata!