Vida prática

Quem não luta contra os pecados “menores” acaba cometendo os piores.

Levanta-te, faze-nos deuses que vão adiante de nós; pois, quanto a este Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe terá sucedido. (Êxodo 32.1)

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Ninguém cai em um pecado gravíssimo de repente. Existe um processo que envolve o flerte com pecados “menores”. Estes não são confessados e nem resistidos. E de pecados mais corriqueiros vamos progredindo até o ponto de cometermos pecados mais graves. Alguns dos pecados do povo que culminaram na construção do bezerro de ouro foram:

Ingratidão: Deus havia demonstrado o seu grande amor pelo seu povo e os libertara com grande poder da sôfrega escravidão do Egito. Ainda assim eles se esqueceram de Yahweh e do que Ele lhes fizera.
Impaciência: Moisés ficou 40 dias em cima do monte Sinai e isso foi o suficiente para o povo perder a paciência e não querer mais esperar.
Confiança em homens: Em momento algum o povo fala de Yahweh nesse texto. O problema deles era o sumiço de Moisés, o herói humano. É como se Moisés, e não Deus, os tivesse tirado da terra prometida. Assim, quando Moisés ficou distante (embora Deus continuasse presente mediante a nuvem e a coluna de fogo e demonstrações poderosas no cume do monte), eles se perderam.
Materialismo: O materialismo é a tendência pecaminosa do coração humano de confiar mais naquilo que é palpável do que em coisas espirituais. Deus havia demonstrado o seu grandioso poder, mas ainda assim o povo preferia ter um bezerro palpável que pudesse chamar de Deus. Em nossa época preferimos o dinheiro e as coisas que ele pode nos conquistar.
Sincretismo: É o pensamento de que o Deus verdadeiro pode ser adorado junto com outros deuses. Arão, vendo que o povo estava abandonando Yahweh, convocou festa a SENHOR (Êxodo 32.5). No dia seguinte o povo ofereceu holocaustos e ofertas pacíficas e depois se entregou aos prazeres carnais (Êxodo 32.6).
Hedonismo: Embora não fique muito claro no texto em português, o termo hebraico traduzido como “divertir-se” – “o povo assentou-se para comer e beber e levantou-se para divertir-se” – tem conotações sexuais. Em suma, após adorar Yahweh, diante do bezerro de ouro, o povo se entregou à busca desenfreada pelo prazer por meio de comida, bebida, dança e sexo (Êxodo 32.6, 19, 25).

O que aconteceu em Êxodo 32 não foi um simples ato de idolatria, mas uma série de pecados, uma série de idolatrias que culminaram em uma espécie de bacanal sincrético diante do bezerro de ouro e em honra a Yahweh! Se você e eu não lutarmos contra os pecados menos graves (todo pecado é grave, mas existem os que são ainda mais graves), também temos potencial de cometer os mais graves. Que na força provida pelo Espírito Santo lutemos contra os nossos pecados. Que pelo sangue purificador de Jesus Cristo confessemos e sejamos restaurados, para que Deus seja o Senhor do nosso coração nas provações mais brandas e nas tentações mais graves, para a glória de Deus.

 

 

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